quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Concrecoisa Desejo

 


Era uma vez, numa floresta onde a alegria já fora abundante, um pequeno pássaro chamado Desejo. Ele era conhecido por seu canto melodioso que dava esperança a todos os que ouviam. No entanto, a floresta passava por tempos sombrios, pois uma névoa densa a cobria, tornando difícil para os animais encontrar comida, água e até mesmo alegria.

Desejo, apesar de suas próprias dificuldades, continuava a cantar. Ele sabia que seu canto podia trazer um momento de alívio para seus amigos sofrendo na escuridão.

Um dia, uma velha tartaruga chamada Sabedoria aproximou-se dele e disse: "Seu canto é lindo, Desejo, mas por que você canta mesmo quando tudo parece tão desolador?".

Desejo olhou para Sabedoria e disse: "Eu canto porque é meu jeito de enfrentar a escuridão. Cada nota é um raio de luz, uma centelha de esperança que pode se espalhar pela floresta".

Tocado pelas palavras de Desejo, Sabedoria decidiu ajudá-lo. Ela usou seu conhecimento antigo para conduzir Desejo até uma clareira escondida onde florescia uma flor rara que podia dissipar a névoa.

Desejo cantou sua melodia mais bonita ao lado da flor, e algo incrível aconteceu. A névoa começou a levantar, e os animais da floresta, um por um, começaram a sair de suas tocas e ninhos. Eles seguiram o canto até a clareira e encontraram a flor e a esperança.

Desde então, Desejo e Sabedoria tornaram-se amigos inseparáveis, lembrando a todos que mesmo nos momentos mais difíceis, o desejo e a sabedoria podem encontrar um caminho para trazer luz à escuridão.

E assim, todos aprenderam que o desejo não é apenas um sonho fugaz, mas uma força poderosa que, quando aliada à sabedoria, pode superar até mesmo as mais terríveis adversidades.

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Concrecoisa Fuga

 


Em um canto solitário da mente, encontramos a porta para sonhos, onde a fuga da realidade se torna a chave para a felicidade. 

O coração, alheio às amarras mundanas, dança na névoa da imaginação, deslizando por entre florestas encantadas e mares luminosos. 

Naquela esfera mágica, as dores se desvanecem, transformando-se em melodias serenas que embalam a alma. 

A realidade fria e cortante é deixada para trás, substituída por um mundo onde a esperança floresce em cada canto. 

É na fuga para esse universo que encontramos o refúgio da verdadeira alegria, um santuário interno onde o ser pode ser feliz, intocado pelas garras da dura realidade.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Concrecoisa Trans-for-ma-ção

 


No transe da vida, a transformação surge,
Transmuta a tristeza, a tênue tormenta,
Transforma o trivial em transcendental trama,
Transcreve o tempo, a tinta, a transação.

Transborda a taça da transposição da alma,
Translúcido é o trajeto, a transição sincera,
Transfere-te a tal trilho, translado eterno,
Transmuda o tíbio, torna tudo transparente.

No terceiro tempo, a transformação é trecho,
Transcende o trivial, transpõe o tormento,
Transfixa a treva, traz a transição.

A transação com o tempo transforma tudo,
A transfiguração do ser transcende o transitório,
Transbordar o transcendente é a nossa transição.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Concrecoisa Tudomuda mudatudo

 


Numa montanha distante, a Águia, majestosa, sempre tinha a vista mais ampla. O Pássaro Bobo se orgulhava de seu canto contínuo e a Cegonha era conhecida por seu paciente caminhar.

Um dia, um vento misterioso soprou sobre a montanha. Na manhã seguinte, a Águia percebeu que não podia mais voar alto. Seu lugar agora era perto do solo. O Pássaro Bobo, por outro lado, descobriu que, ao invés de cantar, agora tecia belos ninhos. E a Cegonha? Seus pés lentos se transformaram em asas ágeis.

A Águia aprendeu a caçar de forma diferente, o Pássaro Bobo encantou a todos com seus ninhos e a Cegonha viajou por terras que nunca imaginara.

No fim, todas perceberam que, mesmo que o vento mude tudo, a adaptabilidade e resiliência mudam tudo de novo.

Moral: Tudo muda e, com coragem e adaptabilidade, muda tudo outra vez.



sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Concrecoisa Fé

 


No pequeno vilarejo de Alvorada, vive dona Maria, mulher de fé incalculável. No amanhecer, sua voz doce ecoa, como um hino que abraça a aldeia, unindo todos em uma só prece. Nenhuma adversidade abala seu espírito, pois Maria, tal qual rocha imponente, se mantém firmemente ancorada na fé. Deus, para ela, é mais do que uma crença, é o oxigênio que impulsiona sua existência.

Nas noites mais frias, sua devoção aquece corações ao redor. Em suas preces, deposita todos os sonhos, medos e anseios, confiando ao Criador o destino de cada um. A desistência, para Maria, é desconhecida, a fé é sua arma, sua defesa, seu escudo. Mesmo com os joelhos ralados de tanto rezar, o brilho em seus olhos nunca se apaga.

Dona Maria é o testemunho vivo de uma fé inabalável, um exemplo de que, quando Deus habita o coração, a vida ganha um tom mais forte, mais vibrante. Ela nos ensina que a reza não é apenas um ato de fé, mas também um gesto de amor e esperança que reverbera na eternidade.