quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Concrecoisa Morcego


Ego

Ego

Ego

A consciência fala

Respira, o eu de cada um

Tudo é ego

O ego está cego

O ser

O ego

Tudo acabado

Tudo virando

Um morcego

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Concrecoisa Vencedor na derrota

 


Aquela pessoa vivia numa guerra pessoal.

Queria vencer, de qualquer modo, os desafios.

Queria vencer sem medir as consequências.

Certo dia, desistiu de tudo!

Jogou todos os objetos que tinha no lixo.

Apagou o passado.

Hasteou uma nova bandeira interior.

Era a bandeira do simples, de uma nova perspectiva.

E seguiu a vida.

Lá na frente, foi feliz.

O momento de derrota serviu para assegurar que seria vencedor.

O tempo mostrou, no seu modo de mostrar, sem pressa.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Concrecoisa Caos por dentro


O vírus da discórdia
foi implantado
com narrativas.

Colocaram
dentro do
sistema.

Ele se reproduziu
numa velocidade
inimaginável.

E o caos
foi gerado
com mais caos.

O serviço
foi concluído
em silêncio.

Quando tentaram
eliminar o vírus
era tarde.

E o lado de fora
estava completamente
contaminado.

E não restou mais nada!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Concrecoisa Tocando a vida

O filme de uma vida é feito com cenas do cotidiano.

Elas acontecem no dorso do tempo.

Sozinho, o ator, cada um de nós, enfrenta os dilemas dos infernos interiores e exteriores.

Os infernos interiores convivem com o paraíso tão sonhado.

Os infernos exteriores são repartidos com os infernos da sociedade, uma sociedade cada dia que passa mais destruída pelos donos, ou melhor, os representantes do poder.

Que triste fim, o filme que já vi!

E os atores, que também são os telespectadores, vão tocando a vida, até quando for possível.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Concrecoisa Água da felicidade

O mar estava tranquilo, vendo a Terra girar e o sol esquentar.

Certo dia, ele sentiu uma felicidade surgir do nada.

Ele quis saber o motivo.

Perguntou para o céu, que não soube responder.

Perguntou para a lua, que ficou em silêncio.

Perguntou para o ar, que respondeu num sopro.

– A felicidade sou eu, em movimento, lambendo a sua lâmina d'água, criando ondulações, que são cócegas de felicidade que te fazem sorrir.

O mar entendeu que não vive sozinho.