sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Concrecoisa Hiato



O espaço entre o nascer e o morrer gera um fragmento de tempo, um tempo passado.
Chamo este fragmento de hiato da vida.
A lógica cartesiana deste hiato resume-se no sintético verso:

O fim
Começa
Ao nascer
Ao nascer
Começa
O fim

Este hiato, por sua natureza singular, cria uma ilusão em cada um de nós.
O hiato é a ilusão biográfica.

A Concrecoisa em seu sentido visual percorre verticalmente a trilha inquietante da vida; uma vida onde as cores que adornam do sucinto verso acabam sendo momentos estabelecidos pela linha do tempo.

A escuridão (preto) é o fim.
A claridade (branco) é o nascer.
A atenção (amarelo pastel) é o começar.

A verticalidade de cada linha do verso é a projeção do nascer.
Depois do nascer vem o hiato, um sopro que torna a linha do tempo um enigma do que virá.
E o hiato se repete em si, consolidando a vivência.
Nesta Concrecoisa, os dois textos repetidos com a frase “O hiato é a vida”, nos campos em brancos, se ligam ao outro campo, em preto, que traz a frase “ao nascer”, que é a síntese da síntese de todos nós.

Um comentário:

  1. Prezado César Rasec,estava pesquisando sobre você, em busca de um e-mail... achei seu blog! Um achado de verdade, pois gostei dos jogos de palavras e imagens que constrói, e gosto, também, dessa idéia "concrecoisa"... Bom mesmo!
    Bem, mas não achei o e-mail e preciso realmente falar com você! Pode me escrever para que eu lhe retornar?... Preciso lhe fazer um convite! adriana@montessoriano.com.br ou esse do perfil, adriana.pinheiro@gmail.com

    ResponderExcluir