sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Concrecoisa Kamikaze


Tempo de guerra. Ano de 1945.
O Japão, no front, é lambido pelo Oceano Pacífico que arde em chamas.
O kamikaze na sua máquina de voar faz o primeiro-único-último voo.
No horizonte distante, tremula a bandeira do sol nascente numa manhã cinza.
Alvorada eterna no Japão.
O alvo à frente.
No voo de despedida.
O herói se explode com o inimigo.
Nada de flores. Nada de funeral. Só a dor.
Sangra o coração estilhaçado de quem ficou para contar a história.
A guerra que não é do kamikaze termina.
Hoje, o kamikaze vivo aparece na pele do poeta que teima em explodir o mundo com flores do jardim da paz.
Onde está você kamikaze, onde está você?

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