sexta-feira, 13 de abril de 2012

Concrecoisa Tic-tac


O tic-tac é o som da dor que um relógio sente ao contar o tempo que escorrega entre as engrenagens em movimento.
Refiro-me, aqui, ao tradicional relógio mecânico de corda.
Hoje, os relógios funcionam com baterias e o tic-tac praticamente não é escutado, mas a dor continua sendo a mesma e em silêncio.
O tic é o tempo que passou.
O tac é o agora; um tempo presente que sempre se reinventa em uma sombra do passado.
Nesta Concrecoisa, o relógio marca 6h15.
A noite vem caindo do espaço infinito sobre uma tarde em despedida.
Sempre que a noite chega, ela lança um véu de esperança sobre o dia que se apruma na alvorada seguinte.
E sempre será assim, tal qual o tic-tac dos relógios que contam o tempo, um tempo que muitos gostariam que parasse de correr.
Tic, o tempo passou.
Tac, o tempo é agora.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac....
E lá vou eu rumo ao tempo futuro com os meus cabelos tingidos de branco!

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