É
inacreditável como o mundo foi construído por mentiras que se repetiram, se
repetiram, se repetiram e acabaram virando verdades.
E
pior de tudo é que as mentiras continuam sendo verbalizadas em discursos ditos
soberanos.
E
pior, mais uma vez, é que as mentiras continuam sendo vetores de discursos.
Assim,
passado, presente e futuro continuam irmanados na perspectiva das mentiras, na
sua lógica de querer ser o que nunca foi, mas acabou sendo, ou seja, acabou virando verdades.
As
mentiras, assim, agitam o mundo e por consequencia todos nós somos lançados
neste mundo de mentiverdade.
Mentiverdade
é a transição entre a mentira e a verdade.
A mentiverdade está na psique, num campo rasurado
de certezas.
Na
cartilha ética dos detentores da verdade, a mentira triunfou em silêncio desde
o nascimento da humanidade.
Eu,
como defensor da verdade em mim e sem ser detentor da verdade, passei a
acreditar em coisas projetadas como verdadeiras, mas acabei me decepcionando
com as conclusões solidificadas pelo tempo.
Insisto
na semeadura da verdade, é verdade, mas sempre tomo um cascudo no cocuruto.
Vale
lembrar que existe um campo onde a mentira é premissa para o sucesso: o campo
da política.
No
jogo do amor, o caminho da mentira deságua na busca das fantasias felizes.
No
mundo das drogas, a mentira camuflada em verdade engana o usuário com a
sensação de liberdade.
Quem
jamais mentiu, nunca nasceu. É fato.
Para
resolver a equação entre as potências verdade e mentira só resta chegar ao
paraíso perdido. Ele existe, me disseram. Será?
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