Concrecoisa é imagem, é palavra, é ideia, é filosofia, é ciência, é César Rasec, é qualquer coisa. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é a concrecoisa. rasec1963@gmail.com Direitos reservados e protegidos por lei. Uso de imagem e texto só com a autorização, por escrito, deste autor.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Concrecoisa Óculos
Diz Jorge Mautner na canção “O Vampiro”: “Eu uso óculos escuros/ Para minhas lágrimas esconder”.
Os óculos escuros são poços transformadores, a exemplo dos poços petrolíferos. Mais do que óleo fossilizado, o poço petrolífero é energia, é riqueza.
Estes mesmos óculos, agora transparentes, clareiam a visão, corrigindo as deformidades existentes.
Aqui, numa perspectiva mais complexa, os óculos são a extensão do olhar psíquico, onde a escuridão é uma alcateia indomada.
A lente ao se confundir com a mente, dependendo do ponto de vista, proclama o nascimento do reinado da sabedoria de si.
Se eu não enxergo a escuridão da minha lente, esta mesma lente não encontra claridade na mente.
Assim, sem delongas, digo: não queira ver o outro no escuro da lente. Como lente é mente, digo novamente: não queira ver o outro no escuro da mente.
O perigo nisso tudo é o grau da mente, o grau da lente e a loucura que é o mundo.
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