sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Concrecoisa Olhe-me


O olhar estava lançado.

De todos os lados, ele vinha.

Numa noite, no escuro total, o olhar me acertou.

Procurei-o em desespero.

Não encontrei.

Quando o dia clareou, fui ao espelho.

Achei o olhar.

O olhar era eu.

Tomei um susto, não com o olhar, mas com uma voz

que ecoou do vazio silencioso...

– Me olhe olho.

Nesta hora, já não enxergava mais nada.

Era a felicidade que havia chegado.

E os dias seguintes foram cada vez mais felizes!

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