Manhã chuvosa em Salvador.
A chuva beija o asfalto molhado, frio e liso.
O Centro da Cidade chora com o vazio humano.
E cada pingo da chuva lambe ao seu modo o para-brisa do carro parado na
rua tristonha da primeira capital do Brasil.
O clarão do sol acorda, em cinza, no horizonte.
E a chuva não adormece no tempo, pois cai ao sabor da própria massa.
E como tudo se transforma.
O pingo escorre ao brincar de se esconder do céu.
Pequeninos rios nascem e morrem em si: pingos que são.
E a chuva em derramamento vira concrecoisa.
É hora de trabalhar.
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