sexta-feira, 1 de junho de 2018

Concrecoisa Sino



A cidade comprou um sino.

De hora em hora ele dava o ar de sua graça.

A cidade vivia em função do seu tocar.

O pulsar do badalo era a vida de cada morador.

Um dia, a revolução chegou.

A cidade chorou.

A chuva daquele dia também chorou.

Menos o sino, agora rebelde.

Condenado, virou silêncio sem fim.

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