A cidade comprou um sino.
De hora em hora ele dava o ar de sua graça.
A cidade vivia em função do seu tocar.
O pulsar do badalo era a vida de cada morador.
Um dia, a revolução chegou.
A cidade chorou.
A chuva daquele dia também chorou.
Menos o sino, agora rebelde.
Condenado, virou silêncio sem fim.
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