Gostava
das coisas mais caras.
Viveu
décadas e décadas cultivando o glamour, o efêmero, a nuvem das distorções
sociais.
Mas
a grana foi acabando, velozmente.
E os
seus pais estavam sepultados onde estão todos os seres insubstituíveis.
Um
dia, a conta no banco estatal ficou devedora.
Balançou
na corda bamba da inflexão econômica.
E recuperou
as finanças vendendo os últimos imóveis.
Porém,
continuou a gastar.
Quando
descobriu que a beleza da vida estava nas coisas simples, era tarde demais.
Muitos
pensaram que aquela pessoa sofreria mais que demais por ser mais um na
imensidão do mundo dos pobres.
Grande
engano.
Aquela
pessoa já tinha se transformado num ser domado pela beleza do simples.
E assim
a felicidade lhe abraçou para a eternidade.
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