Aquela pessoa falou em tom de saudade:
– Espere a chuva passar, entre.
Mas a pressa da vida com os compromissos sociais, com o trabalho, com o ter que dar satisfação e com a obediência às leis comandava o destino da outra pessoa, que respondeu também em tom de saudade:
– Lamento, tenho que partir, foram sete dias intensos.
E sem querer decidir o que a outra pessoa escolheu para si, retrucou baixinho:
– Adeus, foi tudo muito lindo!
Assim terminou o encontro apaixonado marcado pela chuva.
No fim da tarde, a chuva lavou o que estava escrito com carvão, no passeio, onde ocorreu o encontro.
E a saudade foi fixar residência nas memórias de outras pessoas.
Revirando os lembrados,
ResponderExcluirremexendo pensamentos,
rebulindo a imaginação...
O vivido são nuvens passadas
Tentamos descobrir palavras
Que traduzam encantamentos
Um brinquedo, jogo, sedução
Estou vivo
Ainda.