quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Concrecoisa Palmo a palmo


A jornada daquela pessoa só estava começando.

A cavalgada seria longa.

E a calma era a sua vibração.

Foi cavalgando pela estrada da vida, ficando calvo.

Continuava calmo.

Nas paradas para ganhar mais força, lia um salmo.

Foi sempre assim, palmo a palmo, cavalgando numa jornada feliz e sem ter fim.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Concrecoisa Vermendatidera


É verdade!

Não, é mentira!

É mentira!

Não, é verdade!

...

A confusão está criada.

Mentira e verdade são o que são e avançam para dominar as mentes.

Cada uma com a sua forma de existir, de agir.

E depois da guerra de narrativas, a mistura da verdade com a mentira já está processada, ou não.

E a vermendatidera chega para amplificar a confusão.

Na mesma toada, a mentira acaba sendo sendo chamada de verdade e a verdade de mentira.

São coisas dos tempos loucos, dizem os céticos.

É verdade!

É mentira!

Não, é vermendatidera!

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Concrecoisa Nada na madrugada


Na passagem da madrugada, o nada sussurra segredos que ninguém mais escuta. 

É quando o silêncio se alonga em sombras, e o tempo parece ter esquecido o caminho. 

E quando chega mais um dia, acordando a madrugada, a vida enrugada segue em disparada, tropeçando na pressa de existir. 

O nada então se dissolve, tímido, enquanto a madrugada desiste de guardar o mistério que carregava.

Na dança entre a escuridão e a luz, permanece a lembrança: o nada é um espelho onde a alma se olha, mas nunca se vê inteira.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Concrecoisa Tudo acabou bem


A vida, em suas passagens imprevisíveis, às vezes nos lança ao abismo.

E o que se quis é esquecido no eco do que a alma diz.
 
Mas há força no silêncio que aprende a dizer sem dizer.

E o tempo, sem dó e sem piedade, esculpe nossos dias. 

No final, a tempestade cede, a dor amadurece, e o que parecia perdido floresce. 

Assim, o destino, astuto e sábio, mostra que tudo, mesmo o que se parte, um dia se ajeita.