Na passagem da madrugada, o nada sussurra segredos que ninguém mais escuta.
É quando o silêncio se alonga em sombras, e o tempo parece ter esquecido o caminho.
E quando chega mais um dia, acordando a madrugada, a vida enrugada segue em disparada, tropeçando na pressa de existir.
O nada então se dissolve, tímido, enquanto a madrugada desiste de guardar o mistério que carregava.
Na dança entre a escuridão e a luz, permanece a lembrança: o nada é um espelho onde a alma se olha, mas nunca se vê inteira.
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