quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Concrecoisa Diferença II

Cada ser é único, mesmo sendo fruto de dois outros seres.
A concrecoisa Diferença II não poderia ser contrária ao princípio da individualidade.
Com a frase “Eu não sei ser outro ser”, as imagens em vermelho dos 16 pés juntos, contrapondo os pés em amarelo, reafirmam a singularidade que se faz presente em cada trajetória de vida. Os pés juntos são biografias sintetizadas nas pessoas únicas, pessoas voltadas para a própria existência, como percebeu o filósofo Soren Kierkegaard.
A concrecoisa Diferença II combina três cores básicas: preto, vermelho e amarelo, que dão em certa medida o valor cromático à forma repetida da dupla de pés, dupla que representa cada indivíduo.
Pés duplos, então, representam vidas únicas.
Estas vidas vividas ao longo de uma linha do tempo, tendo como elo uma narrativa, despontam em biografias.
Então, viver a vida não quer dizer viver a vida do outro, pois cada um é o que é e se for o outro o falso adensa em contradição, em conflito com o que, de fato, é do humano, onde cada cabeça é um mundo.
“Eu não sei ser outro ser” é uma dimensão inimaginável. Isto quer dizer que Deus é tudo, pois só uma força superior é capaz de individualizar a razão, a emoção e o amor, mesmo sendo todos os demais semelhantes.

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