A borboleta é o resultado de uma metamorfose.
Primeiro, a borboleta é um ovo.
Depois é uma lagarta, que cresce comendo tudo.
Depois a lagarta vira uma crisálida, quando não se alimenta de nada.
De crisálida, a borboleta sai para uma nova vida e em voo esplendoroso
ao sabor do vento.
Já a borboleta em letras, uma palavra, também é uma metamorfose.
Dela, da palavra borboleta, surgem neologismos.
A metamorfose da palavra borboleta ganha novos sentidos.
A borboleta vira borbolenta, que vira borboletra, que vira
borbulhenta e que vira barulhenta.
No primeiro caso, assistimos a um ciclo biológico.
No segundo caso, conferimos um ciclo linguístico.
Como somos borboletas humanas, vivenciamos longo processo de
metamorfose que ocorre na psique, na cuca de cada um.
Em a natureza, a borboleta se transforma em algo mais belo do que era, uma lagarta.
Em a natureza humana, o homem se transforma em bicho louco, algo menos
belo do que era, uma inocente criança.
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