sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Concrecoisa Concrescada



Atire a primeira pedra aquele que nunca subiu ou desceu uma escada, cineticamente falando.

E a escada (além da coisa física em si e que é razão das formas geométricas, como mostra essa foto em alto contraste, em preto e branco, que dá acesso ao Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador) simboliza a ascensão ou inflexão social, quando alguém sobe ou desce degraus.

Acontece, porém, na maioria dos casos, que uma pessoa ao subir degraus da vida não se atenta para a coisa mais preciosa do humanismo, que, no meu modesto modo de ver a vida, significa manter os pés no chão.

Esse manter os pés no chão, na minha cartilha ética, quer dizer manter a humildade e o respeito para com os que ficaram no mesmo degrau, o que não é demérito. É a maior das virtudes aplicar no dia a dia os princípios éticos.

Pensando assim, se um dia acontecer uma descida, uma inflexão, o espírito de quem quer que seja estará confortado, pois os que foram respeitados retribuirão com a mesma conduta.

Antes de terminar, lembro que o nome Concrescada foi içado pelo amigo e parceiro musical Luiz Caldas, que comentou esta foto quando fiz a postagem no meu Facebook.

Não poderia de ser de outra forma o impulso de transformar a foto em concrecoisa. Por isso, a Concrescada é a razão das formas e, sobretudo, da vida que vive ciclicamente.

Dedico a Concrescada ao amigo poeta maior Narlan Matos, que mora nos EUA e precisa ser mais reconhecido no Brasil, e ao artista plástico Luiz Pereira, senhor do simbolismo visual dos objetos transformados em pura arte.

Um comentário:

  1. Isso mesmo, Rasec. A vida é um eterno sobe e desce, mas temos que olhar por onde e como se sobe e desce! Valeu!

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