O
voo solitário da gaivota é pulsão de liberdade entre passado, presente e
futuro.
Sendo
o homem desejo de liberdade, a gaivota seria uma possibilidade de tradução dessa
pulsão, uma pulsão que une pretérito, presente e porvir num único momento.
A
gaivota tem o céu como “estrada” do porvir, uma “estrada” onde o porvir é o
horizonte infinito.
O
homem, por sua vez, tem como “estrada” do porvir a ação na linha de tempo.
Nessa
“estrada”, o porvir é o rito de passagem do inalcançável, medida incerta da
medida tempo, que está logo ali chamando o presente.
No
agora, o ontem dorme nos braços de Morfeu e o porvir desperta a embriaguez de Dionísio.
A
gaivota, aqui na concrecoisa, afaga o vento do planar e o homem afaga o futuro
que chega em forma de imprevisibilidade.
E
assim o tempo gira em si e sem mostrar a face do mistério da vida no porvir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário