Era
uma janela.
Quando
aberta, ela deixava entrar a luz de cada dia.
Quando
chovia, gostava de ficar fechada.
O abrir e o fechar davam sentido à funcionalidade.
Um
dia, os tijolos invadiram o seu espaço.
E
a metamorfose das coisas fincou raiz.
A
janela virou parede.
Do
lado de dentro reina a escuridão.
E
do lado de fora a água da chuva lambe o que restou de sua face retangular, agora tijolos sem rebocar.
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