sexta-feira, 15 de março de 2019

Concrecoisa Eco da voz



Aquela pessoa não sabia ler e tão pouco escrever.

Porém, suas palavras eram preciosas e valiam muito, valiam tesouros. E sempre eram cumpridas.

Promessa verbal era dívida.

Aquela língua não falhava.

Todos os seus conhecidos sabiam disso.

E cada palavra que saia de sua boca era uma escritura pública reconhecida em cartório.

Aquela pessoa viveu feliz, sempre prometendo e sempre cumprindo.

Quando partiu para o outro lado da vida, o eco de sua voz permaneceu vibrando por aí.

Quem ainda hoje escuta, diz que aquela voz é uma Trombeta de Jericó da Nova Era.

E o seu epitáfio diz: “Aqui jaz um ser que assinava com a voz”.

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