quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Concrecoisa Beijo ilimitado


No turbilhão da vida, em seu vértice voraz,
Onde o tempo é um rio, em seu fluxo fugaz,
Há um beijo ilimitado, um sopro de eternidade,
Onde tudo cessa, na doce imensidão da saudade.

É um beijo sem fronteiras, sem começo ou fim,
Uma viagem além dos lábios, um sonho sem tim-tim.
Um enlace de almas, em celeste comunhão,
Onde o infinito toca a terra, em pura paixão.

Neste beijo, as estrelas descem à nossa morada,
Os corações palpitam em uma dança alada.
É um beijo que sela destinos, que trança o amanhã,
Uma chama que arde, sem jamais dizer adeus.

Mas, em um súbito momento, ao beijar a lona, tudo finda,
Como um eclipse que encobre o sol, uma cortina que desce ainda.
Nesse instante de despedida, onde o infinito se encerra,
Permanece a lembrança desse beijo, uma pérola rara na terra.

Assim é o beijo ilimitado, uma promessa de eternos encontros,
Um ponto no horizonte, onde o amor desenha seus contornos.
É a chama que jamais se apaga, mesmo quando o fim parece chegar,
Pois no beijo ilimitado, até o fim é apenas um novo começar.


 

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