A vida, por vezes, é a tentativa de uma caminhada solitária, mas é
difícil caminhar só.
Em qualquer destino, sempre teremos alguém por perto, seja para trazer
aborrecimentos, seja para trazer um instante de paz.
A caminhada com o outro começa no ato da reprodução. Tem que ter o
outro, o oposto, para a vida gerar.
Após o nascer, a mãe ou um outro qualquer tem que estar por perto para
fazer a vida prosseguir, fazer a vida crescer.
Durante a vida adulta, utopicamente pensando, é possível tentar caminhar
só.
Mas haverá sempre a presença do outro, que não necessariamente é a presença
física da pessoa.
O outro pode ser uma carta, um livro, uma peça de roupa, uma memória ou
qualquer coisa que se relacione a este mundo civilizado e humano.
A linguagem é a presença inseparável do outro em nós.
Ali, naquilo, naquela coisa, naquilo outro, está um outro que tenta esquecer o outro para ficar só.
Ninguém está só, mesmo achando que está.
O estado só é a morte, imagino.
E aqui termina mais uma Concrecoisa com vocês ao meu lado.
Ainda bem que estamos juntos!
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