sexta-feira, 3 de maio de 2013

Concrecoisa Caminhada



A vida, por vezes, é a tentativa de uma caminhada solitária, mas é difícil caminhar só.

Em qualquer destino, sempre teremos alguém por perto, seja para trazer aborrecimentos, seja para trazer um instante de paz.

A caminhada com o outro começa no ato da reprodução. Tem que ter o outro, o oposto, para a vida gerar.

Após o nascer, a mãe ou um outro qualquer tem que estar por perto para fazer a vida prosseguir, fazer a vida crescer.

Durante a vida adulta, utopicamente pensando, é possível tentar caminhar só.

Mas haverá sempre a presença do outro, que não necessariamente é a presença física da pessoa.

O outro pode ser uma carta, um livro, uma peça de roupa, uma memória ou qualquer coisa que se relacione a este mundo civilizado e humano. 

A linguagem é a presença inseparável do outro em nós.

Ali, naquilo, naquela coisa, naquilo outro, está um outro que  tenta esquecer o outro para ficar só.

Ninguém está só, mesmo achando que está.

O estado só é a morte, imagino.

E aqui termina mais uma Concrecoisa com vocês ao meu lado. 

Ainda bem que estamos juntos!

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