quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Concre-som Diferença II

Diferença II é o concre-som da concrecoisa postada abaixo. 
É um som primal, um mantra comandado pelas viradas precisas da bateria de Maurício Pedrão e pelos acordes dissonantes da guitarra rocker de Luiz Caldas.
Crianças cantam, no final, compondo a cena mística gerada pelo parceiro e cantor Frederick Steffen.
Este concre-som mostra que o som robótico, apresentado na abertura, é um som que só tem sentido por causa do humano. Então, no grande final, crianças sorriem. São elas: Letícia, Daniel Rasec e Vic.
Eu não sei ser outro ser, não sei ser ator de um ser que não existe dentro de mim.
Taí o clipe criado por mim numa tarde de quinta-feira, dia 30 de setembro de 2010.
É isso... O concre-som chegará onde dever chegar, ou não!  



Concrecoisa Diferença II

Cada ser é único, mesmo sendo fruto de dois outros seres.
A concrecoisa Diferença II não poderia ser contrária ao princípio da individualidade.
Com a frase “Eu não sei ser outro ser”, as imagens em vermelho dos 16 pés juntos, contrapondo os pés em amarelo, reafirmam a singularidade que se faz presente em cada trajetória de vida. Os pés juntos são biografias sintetizadas nas pessoas únicas, pessoas voltadas para a própria existência, como percebeu o filósofo Soren Kierkegaard.
A concrecoisa Diferença II combina três cores básicas: preto, vermelho e amarelo, que dão em certa medida o valor cromático à forma repetida da dupla de pés, dupla que representa cada indivíduo.
Pés duplos, então, representam vidas únicas.
Estas vidas vividas ao longo de uma linha do tempo, tendo como elo uma narrativa, despontam em biografias.
Então, viver a vida não quer dizer viver a vida do outro, pois cada um é o que é e se for o outro o falso adensa em contradição, em conflito com o que, de fato, é do humano, onde cada cabeça é um mundo.
“Eu não sei ser outro ser” é uma dimensão inimaginável. Isto quer dizer que Deus é tudo, pois só uma força superior é capaz de individualizar a razão, a emoção e o amor, mesmo sendo todos os demais semelhantes.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Concre-som de Sem Meio

O concre-som é o som da concrecoisa. Como muitas concrecoisas já existem sonoramente, apresento, via YouTube, o som de Sem Meio.
Quem canta é o parceiro Frederick Steffen.
Minha voz também pinta no pedaço, mas quem sou eu para ser cantor?
A cantora Mariela Santiago também empresta a sua voz.
Sem Meio acabou virando um mantra sonoro guiado pela guitarra de Luiz Caldas.
Confira o experimentalismo dirigido por Vandex:


sábado, 25 de setembro de 2010

Concrecoisa Sem Meio

Certa feita, quando trabalhava na Refinaria Landulpho Alves como instrumentista industrial, refleti sobre o fim. Foi algo assim:

O fim é o começo
Para um outro fim
Que nunca será fim
E sim começo e fim
Que juntos
No limite invisível das tensões
De começo e de fim
Revela-nos o presente

Foi um pouco deste pensamento que fez surgir a seguinte concrecoisa:




Eu
Perido
No meio do infinito
Perdido
Eu

Percebam que há uma justa combinação das palavras que compõem os versos em amarelo e em branco. As formas geométricas retangulares e as cores criam um estado de equilíbrio indiferente, pois, se invertermos a concrecoisa, colocando-a de cabeça para baixo, a estrutura visual estará mantida sem nenhuma alteração. Daí o presente é o "o", que une as palavras "perdido". 
É a matemática na composição concretizada do infinito começo do fim!  


 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Concrecoisa Jânio Quadros


Jânio Quadros foi um dos políticos brasileiros mais polêmicos. Sua renúncia à presidência da República foi um ato insano, segundo alguns historiadores. O fato é que ele foi clicado com as pernas tortas, como estivesse bêbado. 


Se a passagem contada foi assim, então, a imagem reinventada da concrecoisa mostra que o caminho foi torno mesmo. Criador e criatura agindo feito o curso de um rio ao correr para o mar.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Concrecoisa Pedro

Uma concrecoisa chamada Pedro. 
A imagem diz tudo, ou não.


Fazer a concrecoisa acontecer é fazer a vida girar 
ao sabor da força superior.
Aqui, vale o verbo gostar, nada mais!

Conceito de Concrecoisa


Concrecoisa é pensamento, é ideologia, é ensaio, é arte visual, é abstração, é desejo, é esperança, é brinquedo das letras, das formas, das palavras, das cores, das fontes tipográficas, das arrumações e desarrumações, é antropofagia-fraseada, é olhar crítico, é síntese do pensamento, é a ação das partículas da matéria viva que reina invisível aos olhares óbvios, é a porção do lado lúdico que a folha de papel em branco registra e agora, por ordem das inspirações, por desejo da criação, por perseverança, chega para nos dizer: existo!!!!

Concrecoisa é também uma história visual, cromática, ordenada, e, por vezes, matemática.

Concrecoisa é uma visão específica-própria-única criada a partir do fragmentado do todo, onde o todo também é a representação de cada fragmento. 

César Rasec
Salvador/BA, 27 de março de 2005.



                                                                                                                             Foto: César Rasec
A ceramista amassa o barro
O barro gera a vida
A vida constrói objeto
Objeto vira desejo
Mas o desejo morre
E volta a ser barro

 

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Concrecoisa é qualquer coisa

Prazer em receber vocês, aqui neste local de qualquer coisa.
O tudo e o nada do tudo serão vistos, ou não.
O começo é assim, sem pressa, sem massificação.
O prazer de estar perto de alguém, como você, que deseja estar perto de mim, é a essência do fazer.
Peço licença às artes!
O esporte, especialmente o futebol, também os meus respeitos.
Matemática, por favor, fique perto, como as palavras, tanto as ditas quanto as que não serão ditas.
No mais é concretizar a CONCRECOISA, pois TUDO é NADA!
Vou ali, volto já!!!!