sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Concrecoisa Submersão

Na viagem interior.
Mergulhar é preciso.
E se afogar um perigo.

Sabendo disso.
Antes de sair de casa.
Freud não esquecia o colete salva-vidas.
De quebra levava uma caneta e duas folhas de papel.

Ele sabia que o dilúvio está na cabeça de cada um.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Concrecoisa Engrenagem

À tarde.
Quando todos esperam.
O sol dorme.
E a vida gira na máquina do tempo.

No dia seguinte.
À tarde.
Quando todos esperam.
O sol dorme.
E a vida gira na máquina do tempo.

No dia seguinte ao dia seguinte.
À tarde.
Quando todos esperam.
O sol dorme.
E a vida gira na máquina do tempo.

Sem testemunha.
À tarde.
Quando a espera não mais existe.
O sol dorme.
E a beleza da natureza gira na máquina do tempo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Concrecoisa Ruir



O castelo de cera.

Do “dono” do Brasil.


Ruiu quando o avião.


De Eduardo Campos.


Caiu em Santos.

O estrondo ecoará nas urnas.

E o mar de Santos.


Antecipou a santificação de Marina.


Para desespero do “dono” do Brasil.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Concrecoisa Barulho





O silêncio.

Carrega em si.

O maior barulho do mundo.

E o profeta.

Sem ter mais nada para dizer.

Fez muito barulho.

No seu silêncio profundo.