sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Concrecoisa Muitinformação


Viver neste mundo cibernético, hiperveloz, significa viver bombardeado de informação, muita informação.

No meio do tiroteio informativo fica o jornalista, alimentador deste mundo caótico.

O mais interessante de tudo isso ocorre quando deixamos de lado vários 'pratos de notícias' e percebemos que, sem estes pratos, a vida muda para melhor e sem matar ninguém.

Cada vez mais é preciso saber cada vez mais, que é preciso saber mais e cada vez mais e mais e mais e mais...

Ufa!

Falando nisso, vocês sabiam que os cientistas albaneses descobriram uma partícula modificadora da estrutura atômica dos materiais, em Alfa de Centauro, e com a descoberta será possível transformar um grão de areia em dez gramas de ouro?

Vocês sabiam que os cabelos dos astros do cinema americano são lavados com água das profundezas abissais do polo sul e com algas marinhas da costa leste dos EUA?

Muita informação acaba gerando muitinformação e desinformação.

Uma coisa que merece registro, pois estou findando o texto: este tema foi sugerido pelo colega e amigo jornalista Osvaldo Lyra, que não cansa de dizer: “É muita informação!”.

Concordo plenamente, ainda mais quando somos fisgados por inquietantes “notícias/informações” bestiais.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Concrecoisa Possibilidades



As possibilidades pertencem ao mundo das coisas acreditáveis, ou não.

Uma coisa é ou não é uma coisa...

É sim ou não.

É claro ou escuro.

É vida ou morte.

É doce ou salgado.

É bom ou mau.

É bem ou mal.

É colorido ou preto e branco.

É... ou...

Mas, porém, contudo, todavia, ainda assim, entretanto...

Duas coisas são e não são ao mesmo tempo.

Essa possibilidade existe dentro das possibilidades.

É algo para se pensar e acreditar com atenção.

Sim e não existem ao mesmo tempo em uma situação que faz a possibilidade conviver com a impossibilidade.

Este entre-lugar é ao mesmo tempo o céu e o inferno, quando surge na linha do horizonte o cinza entre o branco e o preto.

Não se assuste pessoa se eu lhe disser que tudo não passa de inquietantes possibilidades.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Concrecoisa Acrimoniar




O Brasil azedou.

Tornou-se acrimonioso.

Acidificou-se de vez e fechou-se na corrupção.

As instituições estão falindo.

A chave da salvação está no fundo do mar.

Na sua amargura, o Brasil ainda finge ser o que não é.

O pau que nasceu torto permanece torto.

Os golpistas ainda sorriem ao lado dos amigos togados.

A corrupção azedou o sonho por dias melhores.

A violência venceu a ordem.

A lei está capenga e processos criminais se arrastam.

Morremos um pouco a cada dia.

O Brasil morreu antes de nascer por causa da violência.

Os sonhos morreram de vez.

O Brasil azedou.

E a lágrima doce do último choro do brasileiro honesto seca em velocidade, infelizmente.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Concrecoisa Meu é Seu



Quando o que pertence a dois vira um, sempre ou quase sempre, quando ocorre uma partilha, no retorno à origem da individualidade, as desavenças surgem mostrando a verdadeira face de cada pessoa.

Como somos unidade desde o nascimento, o estar unido, na fase do nós, isso não significa dizer que a unidade de cada um tenha se perdido.

Ao contrário. 

A unidade de cada um reside em uma outra possibilidade: o nós do momento.

Mas o nós não é o duplo, sempre? Pergunto.

Sim, mas não é em totalidade.

O nós é a totalidade quando uma das partes morre.

Daí digo, aqui na Concrecoisa: o meu é seu e o seu é meu quando o que é da individualidade de cada um não faz mais sentido ao pertencimento egoísta de cada um.

Não acredito nesta possibilidade total do nós, mesmo escrevendo sobre ela.

Posso estar errado.

Assim espero.