sexta-feira, 27 de abril de 2018

Concrecoisa Voar, voar, voar...



Sonho?

Que nada!

É verdade, pura verdade.

O sorriso do céu contagiou o espírito da esperança.

Foi num voo.

E o inimaginável flertou com as portas da realidade.

O vento perdeu o rumo.

E o ar em movimento abraçou a rota sul.

Assim, ela chegou perto do infinito.

E a alegria do céu ganhou a eternidade.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Concrecoisa Aninha Franco



Imagine-se no Pelourinho, em Salvador, na Bahia, degustando uma sensacional moqueca de peixe inventariada em “A arte culinária na Bahia” pelo intelectual Manuel Querino.

Amplifique a cena tendo como anfitriã a dramaturga e escritora Aninha Franco, que na sua República AF proporcionou esse manjar dos deuses, uma delícia baiana que carrega em si cores, sabores e aromas.

Aninha Franco possibilitou esse momento especial para mim e o amigo José Pacheco Maia Filho, na última terça-feira (17).

O papo fluiu livre, leve e solto pelas campinas culturais e num horizonte florido pelos livros.

Manuel Querino estava ali, entre nós, sorrindo com a reedição pela Câmara Municipal de Salvador de “As artes na Bahia” e “Artistas Bahianos”, uma iniciativa do presidente da Casa, vereador Leo Prates, e de Pacheco, coordenador editorial.

Aninha Franco ficou muito feliz com os livros. Ela vem ao longo dos anos mostrando a importância de Manuel Querino para a cultura brasileira. Sim, cultura brasileira!

Ela é também uma incansável guerreira que atua na linha de frente disseminando saberes e livros, sobretudo a coisa fascinante chamada de baianidade.

O amigo em comum José de Jesus Barreto também caminha pelas campinas ancestrais da baianidade.

E para não deixar o tempo apagar da minha memória esse encontro fantástico, deixo em forma de concrecoisa esse momento ímpar.

Termino essa homenagem a Aninha Franco com ecos de gratidão, assim:

Franca
Muito Franca
Franca demais
Assim é Aninha
Da cultura maior
Dos livros
Da culinária
Das letras
Da baianidade
De Querino, o Manuel
De tudo que preserva o saber viver
Tradução do agir Franco
Virtude pulsante
Uma guerreira armada
De amor

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Concrecoisa Mão de ferro



Nasceu sem maldade.

Com o envelhecer, seus princípios foram deformados pelo tempo social.

Virou autoritário.

Um ser despótico.

Alguém severo.

Era em si o rigor do rigor.

Suas mãos eram de ferro e mais que demais amedrontadoras.

Quando a lei do retorno bateu-lhe à porta, tremeu.

Lembrou o que fora ao nascer.

Quis voltar no tempo.

Era tarde.

Já não era eterno como pensava.

Quando sentiu o baque, o guante chorou.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Concrecoisa Dois instantes



Cuidava do chão como um filho.

Acarinhava todos os dias aquela terra que lhe alimentava.

E o chão em retribuição sorria para os seus pés.

Depois de cada colheita, o alimento na mesa fortalecia o espírito.

A felicidade estava firmada.

E naturalmente, em oração, vinha o agradecimento pelos olhos que não cansavam de mirar o céu.

Assim viveu em paz entre a terra e o céu!