sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Concrecoisa Grão a grão


O tema da concrecoisa ia ser Estramor.

Porque acordei com um pensamento resumido em frase, assim:

“Na estrada da vida, o amor nos leva ao longe”.

Estramor é a estrada do amor.

Comecei a fazer a concrecoisa com uma estrada de ferro guiando a frase.

Depois de estudar várias combinações, surgiu outra possibilidade a partir de um novo pensamento também transformado em frase, que diz:

“A vida escorrega como a areia na ampulheta”.

Foi o suficiente para abortar o Estramor.

E assim vamos escorregando, grão a grão, rumo ao desconhecido.

Isso é uma faceta da concrecoisa, destino incerto do escorregar do grão da vida.

Nada mais do que isso!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Concrecoisa Derramamento


Manhã chuvosa em Salvador.

A chuva beija o asfalto molhado, frio e liso.

O Centro da Cidade chora com o vazio humano.

E cada pingo da chuva lambe ao seu modo o para-brisa do carro parado na rua tristonha da primeira capital do Brasil.

O clarão do sol acorda, em cinza, no horizonte.

E a chuva não adormece no tempo, pois cai ao sabor da própria massa.

E como tudo se transforma.

O pingo escorre ao brincar de se esconder do céu.

Pequeninos rios nascem e morrem em si: pingos que são.

E a chuva em derramamento vira concrecoisa.

É hora de trabalhar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Concrecoisa Poeira azul


No espaço infinito, a Terra é mais um ponto de poeira a dançar na não gravidade.

Como os demais corpos celestes, a Terra se movimenta por dentro e por fora, em órbita perfeita em volta do sol.

De longe, também no espaço infinito, o cosmonauta russo Yuri Gagarin disse espantado, pela primeira vez, em 1961, que a Terra era azul.

Passaram 54 anos...

Hoje, a Terra agoniza.

Porque a poeira humana transforma o azul da vida em cor da morte.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Concrecoisa União


A rua que ama o passeio

É chão que ama o passo

E o passo apressado

Passeia no espaço

E o resultado de tanto passo

Na rua

No passeio

No chão do espaço

É o enlaço

Da rua com o passeio

Na vida de cada passo