Concrecoisa é imagem, é palavra, é ideia, é filosofia, é ciência, é César Rasec, é qualquer coisa. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é a concrecoisa. rasec1963@gmail.com Direitos reservados e protegidos por lei. Uso de imagem e texto só com a autorização, por escrito, deste autor.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Concrecoisa Triscô?
Nem triscô nisso
Nem triscô naquilo
E continuou tentando triscar
Quando triscô
Foi tão de fininho, tão de fininho...
Que até hoje
A dúvida persiste
Triscô ou não triscô?
Só Deus sabe!
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Concrecoisa Já está
O dia passou como um raio.
Ela queria viver o mesmo dia novamente.
Disseram que esse dia nunca viria.
Ela não acreditou nessa afirmativa.
Desde então, passou a querer viver o mesmo dia loucamente.
Parecia impossível.
De uma hora para outra, sem esperar, ela conseguiu viver o mesmo do dia, pois o mesmo dia era o despertar da esperança.
E o dia que não viria passou a estar nela.
Era como algo que já estava enraizado.
Esse algo era o inesperado.
E foi assim, na realidade em sonho, que ela encontrou aquele dia que parecia impossível.
O amanhã virá...
Ele chegou de mansinho.
E tudo ficou misturado.
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
Concrecoisa Cochilo do Fracasso
O Fracasso não dormia.
Ele estava sempre ali, atento, vigilante, 24 horas por dia, ano após anos, não deixando o Êxito dar um passo à frente.
Para permanecer acordado, ele não se aproximava de Dionísio, pois temia o resultado prático de algumas taças de vinho e, logo em seguida, o prazer lúdico-hedonista que poderia fazer dormir logo após o prazer.
Certo dia, os dois olhos do Fracasso foram atingidos por ciscos lançados pela ventania do inverno.
Ele jogou muita água para limpá-los, mas os ciscos não saíram.
Por conta do incômodo, começou a lacrimejar.
E os ciscos continuavam irritando os olhos já vermelhos.
Ao perceber que não iria se livrar dos ciscos, foi pedir ajuda.
O Êxito, disfarçado de médico, percebeu a situação e disse para o Fracasso fechar os olhos por 18 segundos.
E foi o que ele fez.
Quando abriu os olhos, viu que tinha cochilado.
E o Êxito, feliz por ter superado aquele inimigo, comemorou para sempre tomando muitas taças de vinho com Dionísio.
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Concrecoisa Flecha do amanhã
Tibikarin vivia feliz naquele mundão cheio de rios, vales, montanhas, árvores, plantas e bichos.
Ele acordava com uma sinfônica ancestral cantada pelos passarinhos celebrando o nascer do sol.
E dormia assistindo o ziguezaguear dos vaga-lumes na escuridão sem fim.
Quando faltava víveres, caminhava pela floresta colhendo frutos caídos e também caçava o que era necessário.
Sua flecha era decorada com penas multicoloridas.
E quando não usava o arco e flecha para caçar, fazia-o de brinquedo.
E a sua maior diversão era lançar uma flecha incolor em direção ao céu.
Pois sabia que "a flecha do tempo mira sempre o porvir".
Como a flecha nunca retornava, tinha a certeza que o alvo fora atingido.
Muitos séculos passaram...
E Tibikarin continuava feliz lançando as suas flechas do amanhã.
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