quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Concrecoisa Nova memória

O ano de 2020 está no passado.

E o ano novo começa com a bandeira da esperança hasteada dentro de cada um.

O otimismo pisca na esquina da vida.

As coisas ruins são lançadas para as zonas abissais do esquecimento.

E a magia do novo borda a bainha da calça para não atrapalhar a caminhada que está acontecendo.

Diante de tudo que acontece na revoada do tempo, no cruzamento entre presente, passado e futuro, um cisco de renovação faz escorrer pela face uma lágrima da esperança.

E a memória tecida pelo presente.

Finalizada no passado.

Aponta para o futuro e mostra que somos memória.

Assim, desejo um feliz 2021 para todos que curtem as concrecoisas.

Adeus ano velho, que agora é mais uma camada de memória!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Concrecoisa Tempos de evaporação


Tempos de agora.

Estridente, com lacração e muita interrogação.

Tempo de evaporação humana.

Tempo de ideologia acima da razão.

Tempo de soberba e dominação.

Tempo de vaidade.

E a sociedade vai ruindo...

Porém surge no barro do chão um espinho da esperança.

Dele nascerá uma rosa da retransformação.

E em algum lugar, haverá luz iluminando a escuridão d’alma!

É a resiliência da bondade.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Concrecoisa Confins da procela

O velho Ovídio disse que “os fins justificam os meios”.

O também velho Maquiavel soprou a frase sem dar o crédito.

O filósofo Albert Camus entendeu que “os fins não justificam os meios”.

O revolucionário sem causa ficou sem entender nada.

E sem entender, espera que tudo se resolva nos confins da procela.

A confusão da justificativa foi criada.

Um poeta anônimo escreveu que o começo ainda não iniciou a sua marcha rumo ao fim. 

Por isso ela perambula com as palavras pelos confins da procela.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Concrecoisa Dança da esperança


Era uma criança feliz, talvez a mais feliz do mundo.

Essa felicidade natural se multiplicava quando ela respirava a brisa do mar e dançava ao som da sinfônica da natureza.

O vento que balançava as folhas das árvores acelerava os seus passos.

O silêncio da noite servia de combustível para a dança recomeçar no dia seguinte, com sol ou chuva.

Todos os seus passos eram sincronizados, precisos e elegantes.

A sua felicidade prosperava com o correr dos anos.

Aquela criança nunca envelhecia por dentro.

E ela foi prosperando, prosperando…

Sempre no tempo certo, pois, conforme Eclesiastes, “há para todas as coisas um tempo determinado por Deus”.

E essa espera que prospera na criança que dança virou semente da esperança.

Todos os dias, na dança da vida, uma semente é plantada dentro de nós.

E o amor faz essa semente germinar!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Concrecoisa Marcas do tempo

Uma folha acabou de cair no chão.

Foi o vento. Foi o tempo.

Um pedaço de ferro acabou de oxidar.

Foi a ação da água. Foi o tempo.

Uma vida deixou de existir.

Foi o ciclo natural das células. Foi o tempo.

O pôr do sol acabou de acontecer.

Foi o dia findando. Foi o tempo.

Tudo está acontecendo ao mesmo tempo.

Cada vida e cada coisa diante da ação do tempo.

Assim é o silêncio do tempo, com a sua missão, diante de nós!