Estou lendo um livro de Osvaldo Orico, obra de 1940.
O título me chamou a atenção: “A Saudade Brasileira”.
É uma obra rara e belíssima.
Lá dentro, explicações, biografia da palavra saudade, pesquisas
anteriores e poemas sobre esta palavra única, nossa, para nós que falamos português.
Achei esta passagem genial, anônima, logo na página 12:
“Sôdade é uma dô que dá,
Mas não é dô que doê;
É vontade de alembrá,
Com vontade de esquecê.
É dô de dente e machuca,
Mas onde dói ninguém vê.
E a gente pega e cutuca
Pra não deixá de doê.”
Vale ressaltar, ainda conforme Osvaldo Orico, que o trabalho ensaístico “A
Saudade Portuguesa”, de dona Carolina Michaëlis, foi o começo de tudo.
O que Orico disse também vale para esta concrecoisa.
Tô indo!
Adeus 2013.
Feliz 2014.
A saudade de um passado de alegria, de coisa boa, de não sei lá o quê?, já
começa a se movimentar em mim.