quinta-feira, 29 de junho de 2023

Concrecoisa Tempo brincalhão


Tempo brincalhão,
Ri nas horas, dança ao vento,
Escorrega na mão.

Tempo brincalhão,
Nuvens correm, dias fogem,
Em teu carrossel vão.

Tempo brincalhão,
Esconde o ontem, surpreende,
Risos de estação.

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Concrecoisa Sempre...

Em cada coração pulsa uma fé viva,

No horizonte, sempre, um novo dia.

Acreditar, constante e decisiva,

É a força que em nós desafia.


Olha a rosa que no deserto cresce,

Pela fé, e não por um acaso.

Quem sempre acredita, nunca perece,

O impossível é apenas um passo.


Crê no sol que rompe a escuridão,

Na chuva que a seca amaina.

Crê na força da própria paixão,

Na dor que ensina, na alegria que treina.


Acreditar é o vento que nos guia,

No mar da vida, é a eterna poesia.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Concrecoisa Desejo

 


Era uma vez a Solidão, que habitava as profundezas de uma caverna escura. Vivia sozinha, pois ninguém ousava chegar perto dela. Certo dia, um Sussurro veio da floresta e encontrou seu caminho até a caverna.

"Por que vives sozinha, Solidão?" perguntou o Sussurro.

"Porque ninguém se atreve a se aproximar de mim", respondeu a Solidão com um suspiro.

O Sussurro, ao contrário de todos, decidiu ficar. Ele disse: "Eu te manterei companhia. Nós podemos criar nossa própria sinfonia."

Naquele dia, a Solidão sentiu algo novo, um calor desconhecido, era o Coração batendo. O Coração, que se alimentava da conexão, brotou da união entre o Sussurro e a Solidão. Juntos, criaram uma sinfonia de sentimentos e emoções que ecoou pela caverna e alcançou os corações de todos aqueles que a ouviram.

A moral da história é que mesmo na solidão mais profunda, um simples sussurro de conexão pode despertar o calor do coração e trazer a luz da companhia.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Concrecoisa Faça e desista

 

Numa floresta verdejante, viviam Felisberto, o formigueiro, e Zé, o grilo. Felisberto sempre desejou ser como Zé, que podia saltar alturas incríveis, algo que ele, como formiga, jamais poderia.

Um dia, Felisberto achou um par de folhas que, amarradas nas costas, poderiam servir de "pernas saltitantes". Ele ficou entusiasmado com a ideia de finalmente poder saltar como Zé.

Mas seu plano não era tão perfeito quanto parecia. Na sua primeira tentativa, Felisberto caiu bem em cima de Zé, machucando-o gravemente. Felisberto ficou horrorizado com o resultado de seu desejo egoísta.

Com tristeza no coração, Felisberto desistiu do sonho de saltar, percebendo que seu desejo poderia prejudicar aqueles que amava. Ele aprendeu que, às vezes, desistir de algo que queremos pode ser a decisão mais sábia e gentil que podemos tomar.

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Concrecoisa Aço e paz

 

Em uma floresta distante, a Coruja, o Condor e o Pombo Correio eram vizinhos. A Coruja, sempre sábia, vivia tranquila, apesar de sua dúvida constante sobre seu caminho. O Condor, com sua majestosa envergadura, buscava incessantemente pela grandeza, enquanto o Pombo Correio, sempre ocupado, corria de um lado para o outro entregando mensagens.

Certo dia, uma tempestade violenta atingiu a floresta. Enquanto o Pombo Correio se abrigou temeroso e o Condor lutou contra o vento, a Coruja, apesar de suas dúvidas, decidiu confiar em sua resiliência forjada como aço e ficou em seu galho.

A tempestade passou, deixando a floresta em paz novamente. O Pombo Correio, cansado, percebeu que a Coruja ainda estava em seu galho. O Condor, humildemente derrotado, voou até ela e perguntou: "Como você aguentou a tempestade com tanta tranquilidade?"

A Coruja olhou para eles e disse: "A dúvida pode ser desconfortável, mas a resiliência, como o aço, é forjada na adversidade. E com ela, vem a paz."

Desde aquele dia, o Pombo Correio parou de correr tanto, e o Condor aprendeu a apreciar a simplicidade, e ambos viveram com mais paz, seguindo o exemplo da sábia Coruja.