sexta-feira, 29 de abril de 2011

Concrecoisa Caosros II

O caos está instalado!
O carro invadiu a cidade.
O caos é a cidade.
O carro é o caos.
O carro é o caos na cidade.
O carro é a velocidade.
As cidades viraram espaços ocupados por milhares de máquinas de metal, plástico, borracha e vidro.
Os carros representam o sucesso dos seus donos, habitantes das cidades, pois o carro é a presença da liberdade de transitar.
O trânsito caótico, porém, decretou a morte do carro.
Parado, no engarrafamento, o carro é o caos acordado de uma hibernação.
A Concrecoisa Caosros II amplia o olhar sobre o tema da semana passada.
Sofri com o caos dos carros no feriado da Semana Santa.
As palavras da Concrecoisa Caosros I se profetizaram comigo na BR 324.
O fato real: todos querem um carro, mas ninguém quer ficar engarrafado.
Assim, vou ali comprar um par de tênis ou sandálias de couro para desfrutar da verdadeira liberdade que é andar a pé!
Logo cedo, pé na estrada. A distância é árdua, mas chegarei, agora sem ser protagonista do Caosros urbano de cada dia. 
Nesta longa caminhada, a demora é a terapia da nova realidade. Demora é liberdade!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Concrecoisa Caosros I


Antes, antes de haver cidades, só havia o caos cósmico.
Depois vieram os homens e os seus inventos, que são máquinas da tecnologia econômica a serviço do desenvolvimento e contra a natureza.
Com o passar do tempo, as cidades foram criadas e invadidas pelos carros.
Hoje, são milhares de carros nos espaços públicos.
O caos que havia apenas no sentido cósmico se multiplicou.
O caos passou a ser também o homem. O homem é o caos em evolução caótica.
O carro é um monólito deste caos, um mal necessário para o deslocamento, para o ir e vir rápido e sem depender dos animais (cavalos, camelos, elefantes e bois) ou das próprias pernas.
Este é o filme histórico existente na Concrecoisa Caosros I, que nada mais é do que o caos urbano por conta da “infestação” de carros nas vias públicas.
Tudo mundo é culpado pelo Caosros. Eu, com minha máquina de deslocamento, e você, com a sua.
Caosros, que poderia ser grafado Caorros, um neologismo concrecoisiniano, é o realismo do nosso sofrimento, quando perdemos parte da vida (horas preciosas) nos engarrafamentos constantes existentes nas ruas e avenidas das grandes cidades.
Aqui em Salvador, Caosros vem seguido de assalto e até de morte.
Triste é viver no Caorros urbano, mesmo estando dentro de uma luxuosa Ferrari.
Feliz é viver deslocado de tudo, vendo as cores fortes (amarelo, preto e vermelho) desta concrecoisa, que são as cores utilizadas nas placas dos sinais de trânsito.
Caosros é o caos dos carros. Caorros é o caos dos carros.
Caosros e caorros são caos humanos.
Para quem está no engarrafamento, a Concrecoisa Caosros I sugere uma viagem cósmica pelas entranhas deste universo regido pelo caos que a civilização ampliou.
Ops, nesta viagem, cuidado para não bater o carro e ampliar o caos!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Concrecoisa Love


A palavra love, tema central desta concrecoisa, serve como estrada da imaginação, uma estrada onde a linha gerada pela escrita une do “L” ao “E” todas as etnias, não importando a língua mater do outro.
Em terras tupiniquins do português de Camões, love, para alguns, é adoração à América, aos Estados Unidos.
Aqui, a adoração é à palavra dos anglo-saxões, que tem uma sonoridade bastante singular e um significado mágico, pois love é magia divina.
Palavra melosa em sonoridade, love soa como um beijo apaixonado do lado bom da vida.
No espaço, love projeta-se como voo das borboletas em rotas definidas pela força do vento e pelos aromas das flores.
Traduzindo espaço e vento entre os humanos: o espaço é a matéria humana e o vento é a linha da vida. 
A geometria da Concrecoisa Love é a geometria ancestral erguida na Escola Bauhaus, dos alemães. O simples é a solução do mundo complexo.  
Love é simplicidade em meio à complexidade do sentimento humano.
Lembro neste instante uma letra de Caetano Veloso (canção Love, love, love) quando ele diz: “E Pelé disse love, love, love”. Está no disco Muito, de 1978.
O amigo Narlan foi para os EUA, onde reside feliz, e, como Pelé, também disse love, love, love.
Enjoy it! Cada um tem o love que merece. 
O mundo é da sabedoria love, como soube transar os hippies.
A diversão só está começando no love que o mundo soube globalizar.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Concrecoisa Pitágoras do Amor II


O tema amor nunca esteve e creio nunca estará fora de moda.
Amor é vida, é presença humana na Terra, é dedicação, é existir e é tudo que remete à criação.
A mensagem da Concrecoisa Pitágoras do Amor II nos mostra que “somar amor aumenta o amor em si”.
E o que esta frase tem a ver com Pitágoras?
Tem tudo, pois cada letra representa uma unidade de um lado de um triângulo retângulo.
Vale lembrar que o triângulo retângulo é um polígono onde o Teorema de Pitágoras se estabelece.
Diz o teorema: a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.
Nesta concrecoisa, a hipotenusa é a frase “somar amor aumenta o amor em si”. São 25 letras.
Em um dos lados, a frase é “somar amor”. Temos neste lado 9 letras.
No outro lado, a frase é “aumenta o amor em si”. Temos nela 16 letras.
Este triângulo retângulo tem lados com 3, 4 e 5 unidades de letras.
A soma dos quadrados dos lados define a frase final da hipotenusa.
Assim, reafirmo pitagoricamente que o amor é a preciosidade do humano.
Estou triste, pois um insano matou com tiros crianças numa escola do Rio de Janeiro.
Vamos somar o amor, pois somar o amor aumenta o amor em si.
Taí o Pitágoras do Amor II para ser semeado.
Ia esquecendo: Deus é amor!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Concrecoisa Armar


Armar, para a Concrecoisa, significar encaixar as peças do amar, pois o amar, que é a ação do amor, resume-se ao estado de resistência que cada um suporta na carne.
Se amar é resistência, então amar é, concrecoisando a palavra, desarmar o armar eliminando-lhe o “r” da sílaba “ar”.
No jogo de palavras da Concrecoisa Armar, propositadamente, a letra “a” em preto une as palavras armar e amar, pois a letra “a” atua como encaixe das duas.
Quando desarmamos o nosso coração, tiramos o peso do amar
Nesta instante amamos de verdade e o encaixe vira desencaixe, atordoando a alma.
Aqui, o desencaixe é o des, que é ação contrária.
O des é negação e a negação da negação reafirma o sim. 
É hora de armar o amar, pois a vida passa rápido como o vento que refresca a pele em brasa.
Com flores em explosão, vou semear com o ar e o mar com o fruto do amar. Um dia colheremos tudo de bom em estado de graça!