Uma
memória em folha de papel pode ser entendida como uma história adormecida no aguardo
de manuseio.
No
mundo dos objetos, a folha riscada de papel guarda em si o rastro do tempo.
A
própria folha de papel já é rastro do tempo de sua criação.
Aqui
na concrecoisa, o rastro no papel é o desenho de Miguel Cordeiro.
Riscos
e rabiscos feitos em 25 de janeiro deste ano de 2014.
Foi
um sábado de papo, na Ceasinha do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, no
encontro informal do Grupo de Inteligência Política (GIP).
A
política no GIP não é a carcomida política partidária, vale ressaltar.
É
a política no sentido filosófico, no sentido lato de ser.
O
encontro de amigos para conversar sobre o que der na cabeça de cada um agora é
registro.
Agora
é memória viva numa folha de papel.
No
desenho do artista grafiteiro e narrador de si, pela ordem, a partir do próprio,
com boné, no sentido horário, eu, Pacheco Maia, Flávio Novaes e Anibal Gondim.
Sobre
este instante de amizade, digo:
minha memória
revive em traço
numa folha de
papel
e o passado
congelado
é a fantasia na
história
Agora,
mais do que nunca, o rastro na folha de papel ganha outra dimensão: a
cibernética.