sexta-feira, 26 de junho de 2015

Concrecoisa Congraste

O contraste estava me olhando.

E eu, n’outro mundo, não prestava a devida atenção.

Chateado, ele se rebelou.

Lançou um clarão astral.

Depois fez piscar a escuridão.

E eu nem aí...

Até que uma voz gritou.

– Veja como é linda a combinação dos opostos.

Era a grade me falando do contraste.

Despertei n’outro mundo.

E me encantei com o congraste.  

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Concrecoisa Caminho da Alegria


O caminho da alegria, cada um constrói.

Para uns é por ali.

Para outros é por aqui.

Para uns além dos outros é por lá.

E entre os caminhos difusos existentes na vida.

O caminho mais preciso é o que existe n’alma.

Pois n’alma, os caminhos aqui, ali e lá são espaços infinitos do amor.   

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Concrecoisa Silabado

A sílaba é extensão natural da comunicação humana.

No começo de tudo, a sílaba serviu para afastar o medo.

E quando virou o que virou, nunca mais foi a mesma.

Lá no dorso do tempo, a sílaba era contraponto gutural do medo, um medo que ecoava em forma de som.

Por isso, cada pedaço do tempo é uma sílaba da história.  

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Concrecoisa Chuvaimedo

O medo de se molhar faz morada na parte seca da vida.

Parte esta que teme o que a água possibilita.

Que é o lavar.

Quando a chuva cai.

Ela lava tudo.

Primeiro ela lava a si mesma.

Depois lava a terra e os seres vivos.

E quando a chuva lava o interior de cada ser humano.

Ela batiza-o para sempre com a iluminação inexplicável das forças superiores.

Neste momento de iluminação transcendental.

Quando a chuva cai e o medo vai.

A veste encharca e na pele escorre o medo de se molhar.