sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Concrecoisa Ponto

O ponto surge do encontro de duas retas, mas o ponto em si não tem definição.
Assim, a Concrecoisa Ponto não tem definição, pois definir o indefinível é erro crasso.
Aqui, propositalmente, o ponto é a situação dos encontros, quando lados planos e coloridos de áreas planas se encontram.
Na vida, o ponto (não estou definindo) seria, possivelmente, aquele instante em que algo determinante surge, como o primeiro amor, o ingresso na universidade, a formatura, o ganhar na loteria, dentre outras possibilidades. 
E são tantas e tantas possibilidades, pois a cada minuto um ponto novo pode surgir.
Ponto. Vejo-te como universo infinito e indefinido.
Ponto. Observo-te na intersecção de linhas, no encontro de pessoas ou cruzamento de qualquer coisa.
Concrecoisa é ponto.
Ponto é qualquer coisa em você.
Ponto, para mim, é a alegria de saber viver.
Até a próxima sexta-feira.
Vou ali no ponto de ônibus ver se o buzu já passou. Inté!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Concrecoisa Semáforo


A vida, penso eu, tem tudo a ver com o semáforo.
Vejamos se é ou não é o que imagino.
Ao nascer, o sinal verde diz: você ganhou a vida.
Todos ficam felizes, porém uma frase de minha autoria persegue a minha cuca. A frase é: quem nasce perde a vida!
É uma dura realidade que contradiz a felicidade do nascer. É também a projeção do futuro, quando todos vão para uma outra dimensão.
Depois do nascer, do siga, que é o sinal verde, vem o sinal amarelo, que é a atenção, que é o crescer.
Quem vive mais, cresce mais. É a dedução lógica e direta de cada realidade.
Por fim, no último estágio da vida, o semáforo manda você parar. É o sinal vermelho, que é o pare, que é o morrer.
Do verde ao vermelho tudo pode acontecer. Só morre quem nasce e nem sempre o crescer é duradouro.
A Concrecoisa Semáforo é o realismo duro e seco da vida, seja qual seja a vida.
Então, para descomplicar a cuca, o melhor é viver o aqui e agora, pois, neste instante, a vida lhe oferece as alegrias da coisa qualquer, da coisa escolhida e da concrecoisa misteriosa.
Um abraço, um beijo e um ramalhete e até a próxima sexta-feira!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Concrecoisa Inteira Metade

O tempo passa, mas o contar da hora se repete.
Nas inúmeras repetições do tempo que flui, o meio-dia sempre encontra a meia-noite, momento em que um é o outro.
Neste instante, quando dois acabam sendo um, os ponteiros se envolvem na inteira metade de cada parte.
Seria um amor tramado da máquina do tempo? Sei lá!!!!
Assim é a Concrecoisa Inteira Metade: a união das partes para formar o inteiro.
É meio-dia... É meia-noite... Os ponteiros dormem na mesma posição, mas em situações diferentes, pois dia é luz e noite é escuridão. Vida é luz, como os ponteiros juntos pela inteira metade.
A palavra meio, aqui, serve para completar as palavras dia e noite.
A palavra meio é a inteira metade das horas.
Hoje, como sempre, vale mais ver a concrecoisa do que ler o texto curto ou as milhões de frases que poderiam explicar qualquer concrecoisa.
Este texto é a metade da metade da metade da metade da força maior que têm as formas e as cores.
Cuide da sua inteira metade e seja feliz!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Concrecoisa Ploc


A palavra ploc sempre me soou bem. Gosto dela por ser uma onomatopéia vinda de outra língua.
Ploc, para mim, em certas circunstâncias, equivale a escutar um estrondo silencioso num texto qualquer.
Aqui, a Concrecoisa Ploc nos alerta para algo que se acumula. Por se acumular, acaba explodindo, como a bola de ar de um chiclete.
Nesta concrecoisa, esticamos, esticamos e esticamos... Porém, um dia, a fadiga chega à palavra e ploc!
Ploc não quer dizer fim definitivo de algo. Ploc é a parte que se transforma pelo excesso.
Uma bola de soprar será sempre uma bola de soprar, mesmo depois de explodir de tanto ar.
A vida também é assim. A vida é uma Concrecoisa Ploc.
Os problemas se acumulam e vão se esticando...
As mentes ficam cheias e o estresse chega velozmente.
Um dia, do aparente nada, quando milhares de problemas já sedimentaram na carne corroída pelo tempo: ploc!
De tanto esticar a palavra esticar ela estoura como se fosse alquém se libertando da opressão.
Ploc, nasceu mais uma criança.
Ploc, o jogador fez um gol.
Ploc, o orgasmo chegou.
Ploc, algo aconteceu!
Ploc, ploc, ploc...