sexta-feira, 25 de março de 2011

Concrecoisa Realidade

A Concrecoisa desta sexta-feira tem uma implicação filosófica nas entrelinhas das palavras que formam a frase basta nascer para não ser dono da vida.
A pergunta que se faz é: de quem é a vida?
A vida está em quem nasce, é obvio. 
Ela é o próprio nascer, poderia responder uma pessoa cartesiana.
Mas, se formos pensar bem, observando o realismo dos fatos relacionados à vida, poderíamos concluir que a vida pertence a ela mesma.
Projetando esta vida, veremos que a morte é a verdadeira dona da vida.
Quando um ser nasce, a morte é a certeza que se apresenta num futuro indeterminado e não desejado.
Todos querem viver eternamente.
A morte vive na vida e adormece até um despertar soturno.
Mas, nem por isso, vivemos diariamente angustiados, pois a força da vida nos faz esquecer o que é destino natural.
Viver intensamente é a fórmula para driblar a morte. Viver intensamente um é desejo, uma missão, um conforto e uma possibilidade.
Acho que filosofei demais nesta Concrecoisa Realidade.
Chega! Vou ali e sei que vou voltar, pois o ciberespaço é o meu lugar.
Até breve (próxima sexta-feira), pois a vida é breve e tenho que semear o amor, a paz e a fraternidade. 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Concrecoisa Diferença I


 
Cada pessoa é um mundo e cada mundo é diferente, cada mundo é singular.
A Concrecoisa Diferença I simboliza as infinitas diferenças humanas.
Eu sou eu e tu és tu e ele é ele. Essa é a lógica da individualidade.
Ao se respeitar esta lógica avançamos para fazer o mundo melhor.
Infelizmente, as diferenças não são respeitadas. A intolerância, então, surge como objeto cortante e traz a maldade no vácuo.
A Concrecoisa Diferença I propõe uma ampla reflexão sobre o outro, respeitando-o no que ele é.
A imagem da concrecoisa já diz tudo.
Se tu és feliz assim do jeito que tu és, eu, que sou eu, então, não tenho o direito de invadir o que é parte do outro.
Essa é a equação de um mundo evoluído e, certamente, mais harmonioso.
Fui para voltar na sexta-feira seguinte.
Vou colher flores de plástico no asfalto da campina semeada por máquinas andantes.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Concrecoisa Luz e Cor

A Concrecoisa Luz e Cor, que poderia ser chamada de Luz é Cor (preferi o conectivo "e" no lugar do verbo ser), foi criada no último dia 9 de março a partir de uma foto que fiz no Carnaval de Salvador, quando estava clicando o amigo artista Luiz Caldas.
Luz e Cor é uma nova safra de Concrecoisa que surge em boa hora. As anteriores datam de 2005.
A foto, o colorido do fundo, representa a cor do Verão. É a cor da alegria, que é o Carnaval.
É também, mais do que qualquer coisa, a cor da vida, pois cor é luz e Concrecoisa é luz, é cor, é vida.
Nesta Concrecoisa, a luz fez-se imagem cromática do estandarte da alegria que é o espetáculo da vida em sua infinita paleta de cores.
As trevas, aqui, morreram por conta de luz da vida, luz de uma Bahia ressurgida no oásis da intensidade do fluxo luminoso de um canhão multicolorido feito à base de diodos emissores de luz.
É a alquimia que a Concrecoisa capta do nada, pois o nada é tudo quando queremos achar o tudo no nada.
Vou me calar e deixar a Concrecoisa falar por si mesma.
Mire-a, como quem pretende apenas uma coisa que não faz mal a ninguém: ser feliz.
Até a próxima sexta-feira. Vou colher os confetes, parecidos com a imagem de fundo, que foram lançados na colombina desaparecida num saudoso Carnaval reinventado no aqui e agora.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Concrecoisa Zigoto II

Se o homem mente, é porque ele é uma cópia perfeita do primeiro homem que mentiu.
Por ser cópia perfeita, as demais cópias têm a mesma genética da original: a mentira.
As cópias surgem via sêmen, esperma da desesperança real que é o homem. O homem melhor é esperança, uma invenção para fazer valer a existência.
O sêmen, então, mente!
É a realidade crua do ser que é humano.
Se o ser mente e o homem vem do sêmen, então ele é sêmen que mente, ou seja, é uma semente defeituosa.
Zigoto, uma célula reprodutora resultante da fusão de dois gametas de sexo oposto, é a concrecoisa que faz refletir.
Se um zigoto acaba sendo, depois de crescer, este bicho que mata, que não respeita o próximo, que não tem amor e é ruim por natureza, então este zigoto sintetiza o que foi gerado lá no antepassado, numa época em que a esperança agia como combustível para melhorar o que, para mim, não pode ser melhorado. É a dura realidade.
O erro é o sêmen. O erro é o zigoto original!