A chave vivia triste.
Certo dia, encontrou a
fechadura d’uma porta velha.
E aceitou o convite para entrar
naquele segredo.
Porém, continuou triste.
Do outro lado só tinha
escuridão.
E foi embora...
Outra fechadura apareceu no
seu caminho.
E abriu essa outra porta.
Mais uma vez, a tristeza não
dissipou.
E seguiu nessa jornada de
abrir e fechar portas.
Depois de muito tempo, já bem
desgastada, a chave entendeu que a felicidade não estava no que havia do outro
lado da fechadura, do outro lado da porta.
A felicidade estava no viver o
estado de chave e não no abrir as cavernas dos dissabores que podem existir do
outro lado de uma porta.