Eram poucos.
Contava-os numa mão.
Mesmo sendo poucos, tinham um desejo incontido de poder.
Eles não queriam ser parte dos muitos.
Queriam mandar em muitos.
Não tiveram sorte.
Eram poucos, poucos, poucos…
Até se transformar em nada.
Concrecoisa é imagem, é palavra, é ideia, é filosofia, é ciência, é César Rasec, é qualquer coisa. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é a concrecoisa. rasec1963@gmail.com Direitos reservados e protegidos por lei. Uso de imagem e texto só com a autorização, por escrito, deste autor.
Eram poucos.
Contava-os numa mão.
Mesmo sendo poucos, tinham um desejo incontido de poder.
Eles não queriam ser parte dos muitos.
Queriam mandar em muitos.
Não tiveram sorte.
Eram poucos, poucos, poucos…
Até se transformar em nada.
Batoré gostava de saber de tudo.
Ficou conhecido como sabichão da rua.
Um grafiteiro da cidade pichou o muro da igreja com a frase: “Batoré sabe mais do que o Google”.
Com o passar do tempo, todos daquele lugar começaram a chamar Batoré de fofoqueiro.
Tudo porque ele sabia com detalhes de coisas das pessoas da cidade que só as paredes confessam.
Um dia, soube de um segredo que não podia saber.
Tentou esquecer, mas não conseguiu.
Aquele segredo tinha virado uma espécie de nódoa d’alma de Batoré.
Desde então, aprendeu que tem coisa que vale saber e tem coisa que não vale saber.
Batoré só conseguiu ser feliz plenamente quando se desligou dos saberes.
Já estava caducando.
Vivia sem acreditar em nada.
Tudo era azedo, amargo, ácido e insosso.
Um dia, uma luz misteriosa entrou pela sua janela.
Era a luz da esperança.
Foi uma grata surpresa.
E começou a ensaiar os primeiros passos da dança da mudança.
Essa dança alimentou o seu espírito com uma nova energia.
Desde então, dias melhores nasciam no seu horizonte.
Tudo porque a esperança não abandona quem acredita nela.