sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Concrecoisa Semelhança




O ventilador de Zé Bilu parece com o aparelho de ar condicionado de Seu Lorito.

A sopa de letrinha partidária do Brasil parece com o alfabeto da corrupção.

Neste Brasil, tudo é PA RE CI DO.

E se uma quadrilha não parecer com uma quadrilha?

Bem... Acho que Zé Bilu e Seu Lorito podem responder.

Eles moram onde as aparências enganam.

Jogaram barro grosso no ventilador de Zé Bilu.

São coisas da semelhança.

São coisas do Brasil!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Concrecoisa Deixar Para Trás



As pedras no caminho ficam no caminho.

E o caminho sem pedras não existe, pois nada é fácil.

Digo, assim, aqui, para ser breve com as palavras.

E as palavras são deixadas para trás.

Basta ver as primeiras três linhas e o título da concrecoisa.

As palavras são as vidas.

Deixar para trás é deixar empoeirar a vida e...

...idade,
tempo,
coisas,
pessoas,
sentimentos,
lugares,
momentos,
tristeza
e alegria.

Viver é deixar para trás.

Sempre deixar para trás, sempre deixar para trás, sempre deixar para trás...

A própria vida um dia ficará para trás.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Concrecoisa Prego



O prego é parte do sofrimento da humanidade.

O prego crucificou Jesus.

Mas o prego não tem a maldade em si.

O prego traz a maldade do ser humano.

Um ser que é “cabeça de prego” (não pensa quando deveria pensar).

Um ser que nasce fracassado no submundo que resolveu construir.

O submundo está aqui e em todo o lugar onde existe opressão.

E o prego carrega uma cumplicidade com a madeira.

Talvez seja o amor das coisas, o amor dos objetos que se completam.

Digo talvez porque o campo da dúvida é uma eterna perseguição.

Prego, madeira, ferro, cumplicidade e sofrimento.

Tudo passa na cruz da dor.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Concrecoisa Azul



Era uma vez um mundo colorido em conflito.

O vermelho queria mandar em tudo.

O amarelo se escondia à noite.

O preto mostrava a sua potência ao cair da noite.

O branco pontilhava o céu noturno querendo um pouco de potência e durante o dia virava flocos de algodão ao sabor do vento.

O verde preferia contemplar a natureza enquanto a cor cinza poluía os campos e espaços das metrópoles.

E o azul lançado no céu infinito ficava de longe, no ar, no vazio sideral brincando à distância com o mar.

Certo dia a cor do nada propôs uma trégua às cores do tudo.

Todas aceitaram.

Repentinamente o arco-íris deu as caras.

E o azul de Oxóssi encobriu de alegria a vida.

E os hippies, então, vestiram-se com o jeans azul para reafirmar o poder que se estabelecia.

E a liberdade firmou-se na cor azul.