sexta-feira, 27 de junho de 2014

Concrecoisa Bandeirola



O São João no interior da Bahia ainda traz encantamento.

Música, comida típica, dança e as cores dos balões (que já não sobem ao céu) e das bandeirolas que decoram ruas e casas das cidades interioranas não deixam a tradição junina morrer.

A festa resiste bravamente, mesmo com a modernidade impondo novos costumes, novas regras, novas massificações.

Em viagem a Ituaçu (distante 520 km de Salvador, aproximadamente), a convite do amigo Anibal Gondim, visitei a cidade de Mucugê, na região da Chapada.

As franjas das bandeirolas nas ruas de Mucugê dançavam ao sabor do vento e do forró.

As cores explodiam por todos os lados.

Tudo lindo, tudo civilizado, tudo encantador.

Hoje, a bandeirola junina de Mucugê tremula na minha memória.

E o São João de 2014, na casa de dona Ayra, mãe de Anibal, em Ituaçu, jamais será esquecido.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Concrecoisa Resistir




Para existir

Temos que resistir

Para resistir

Temos que existir

Existir e resistir se ligam no tempo

Resistir e existir se ligam na vida

Um está no outro e o outro está no um

Primeiro vem o existir

Depois vem o resistir

Para existir

Temos que resistir

Para resistir

Temos que existir

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Concrecoisa Pazlavra



A palavra não existia.

O som da natureza era a palavra.

E um dia.

A palavra foi lavrada.

Foi lavrada num dia de paz.

E a paz da palavra lavrada.

Gerou a pazlavra que não existia.

Mas agora existe.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Concrecoisa Tormentar



A cor no escuro.
Um coração que parou de colorir.
Triunfa com a cor da manhã.
Em explosão multicor que tomou conta de tudo.

Tormente...

E a cor no coração.
E a dor no coração.
E o som no coração.

Tudo resumido em luz.

Tudo resumido em gente.


Gente...
Tormente da vida.
Qual a cor do coração.