Antonzé acordou com o canto do galo.
No horizonte, o sol também acordava em uma cama de nuvens.
Todo dia era assim.
Porém, neste dia, um fato inusitado entrou para a história de sua vida.
Quando coava o café, uma voz misteriosa ecoou no quintal.
Ele sabia que naquele fim de mundo não morava ninguém.
O medo pediu licença.
Rezou em voz baixa.
Quando a última gota de café passou pelo coador e caiu na xícara de
porcelana, uma energia misteriosa irradiou pela cozinha.
A vibração superior foi o sinal que tanto esperava para nunca mais
deixar a fé cair no esquecimento.