sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Concrecoisa Comandos



Viver é comandar ou ser comandado.
Neste processo existencial, desde sempre, somos máquinas comandadas por uma força superior.
E essa força superior é soberana.
Ela é maior do que tudo e todos.
Pensando no exposto acima, observo que vivemos que nem um gravador.
Tem momento de pausa.
Tem momento de parar.
Tem momento de voltar.
Tem momento de avançar.
Tem momento de seguir.
Tem momento de gravar, que é a repetição de alguma coisa.
E tudo se repete, se repete, se repete...
Repetiremos no dia 31 de dezembro a mudança de ano.
O ano de 2012 ficará gravado na memória e o ano de 2013 avançará.
Percebemos que a mudança de ano é um comando do sistema.
O sistema comanda tudo.
O sistema é o TecnoDeus da contemporaneidade.
Sem estresse, vou ali comandar, pois já estou sendo comandado.
Feliz 2013, deseja a força superior para todos nós!
Já gravei o desejo. A ordem agora é seguir, nada mais do que seguir.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Concrecoisa Borboletas

A borboleta é o resultado de uma metamorfose.
Primeiro, a borboleta é um ovo.
Depois é uma lagarta, que cresce comendo tudo.
Depois a lagarta vira uma crisálida, quando não se alimenta de nada.
De crisálida, a borboleta sai para uma nova vida e em voo esplendoroso ao sabor do vento.
Já a borboleta em letras, uma palavra, também é uma metamorfose.
Dela, da palavra borboleta, surgem neologismos.
A metamorfose da palavra borboleta ganha novos sentidos.
A borboleta vira borbolenta, que vira borboletra, que vira borbulhenta e que vira barulhenta.
No primeiro caso, assistimos a um ciclo biológico.

No segundo caso, conferimos um ciclo linguístico.

Como somos borboletas humanas, vivenciamos longo processo de metamorfose que ocorre na psique, na cuca de cada um.

Em a natureza, a borboleta se transforma em algo mais belo do que era, uma lagarta.
Em a natureza humana, o homem se transforma em bicho louco, algo menos belo do que era, uma inocente criança.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Concrecoisa Google



O nome Google, na página oficial, sempre muda quando acontece algum acontecimento que seja merecedor.

As mudanças preservando a identidade do nome Google são belíssimas. A altíssima qualidade é inegável.

Na quinta-feira, dia 13 de dezembro de 2012, o Google prestou homenagem ao centenário do rei do baião Luiz Gonzaga, rei de uma musicalidade que é universal e identitária do povo nordestino.

O Google, costumo dizer, é “o cara” mais inteligente do mundo. Ele sempre resolve o nosso problema, ou melhor, a nossa ignorância.

Você pergunta e o danado reponde e responde com milhares de respostas.

Se você perguntar ao Google o que é Concrecoisa, ele vai lá no seu baú e lhe mostra tudinho, todas as minhas postagens.

Por essas e outras, o Google é uma explosão de sorriso (smile), um sorriso infinito gerado pelas letras “G”, que são duas, e dizem sem dizer que o Google é “Geus”.

Sim, o Google é uma nova forma de mostrar a presença de Deus no mundo.

“Geus” é o Google Deus no universo cibernético.


Esse cara é o Google, canta sem parar nas rádios Roberto Carlos.
Viva o Google! 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Concrecoisa Décio Pignatari



A poética brasileira chorou, no domingo, dia 2 de dezembro de 2012.

Chorou como os pingos da chuva que choram dentro de si.

O choro é de perda. Deixou-nos o poeta concretista Décio Pignatari.

Com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, na década de 1950, o Brasil conheceu o Movimento da Poesia Concreta, ancestralidade, no conceito estético, das minhas concrecoisas.

Haroldo (também falecido), Décio e Augusto são os pilares de uma poética com digital em Mallarmé e que traz a busca da totalidade da forma com o mínimo possível de palavras.

Neste sentido, neologismos são criados e recriados e o que era uma coisa passa a ser outra coisa, pois no concretismo das palavras o significante e o significado se cruzam em catarse transformadora.

Décio nasceu em 1927.

A foto desta concrecoisa, com o concreto da cidade de Salvador em contraste com o pôr do sol, foi o presente deixado pela natureza, no dia 5 de dezembro de 2012, para homenagear este poeta, ensaísta e tradutor.

Vale lembrar que, neste mesmo dia 5 de dezembro, o mestre arquiteto Oscar Niemeyer também nos deixou. Niemeyer é o concreto com curvas, uma beleza harmônica com a natureza.

O concreto, reinventado pelos artistas da poesia e da arquitetura, é o alimento da natureza racional dos humanos enfeitiçados pelo transbordar da própria humanidade irracional, que, em outras palavras, significa doar bondade sem olhar a quem.

Depignatarício agora é sinônimo de saudade!