sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Concrecoisa Urbe


A concrecoisa Urbe reflete o legado do homem no planeta.
Primeiro tem o chão, a terra, que é a base de tudo.
Depois, ali na terra, misturando-se ao barro, encontramos a pedra, que depois de lascada e polida vira o primeiro instrumento de trabalho. O homem era bicho e creio que ainda seja, basta olhar com acuidade ao redor. A pedra lhe deu uma força maior.
A selva, o verde que tanto nos encanta e que traz a biodiversidade, é a camada da vida sobre o barro que foi misturado à vida em decomposição e que o homem passou a destruir para erguer a sua urbe.
Eis que chega o homem, o bicho que pensa! Por pensar, por racionalizar, por destruir, por poluir, por tantas barbáries, acredita apenas em seus atos tolos.
Este homem, então, consegue modifica a pedra cada vez mais. Assim consegue ficar acima dos demais animais, pois sem nada em mãos não é capaz de enfrentar outro bicho, como o leão. A pedra virou arma de fogo, virou arma atômica, virou guerra e destruição. É uma armadilha e fruto da incapacidade de vencer sem nada usar.
Este homem, por fim, realimenta suas potencialidades e após longo processo de re(in)volução passa a fazer tudo para atingir o poder. É o poder o ponto final de um longo processo sócio-evolutivo onde a Urbe é o palco de tudo.

Sobre a imagem.
Num fundo preto, a concrecoisa Urbe brinca com as palavras Terra, Pedra, Selva, Homem, Pedra, Homem, Poder. As letras de cada palavra lembram estruturas urbanas, como tijolo sobre tijolo. É a Urbe erguida em si mesma e sobre o que era o puro.
Notem que a palavra Homem está em amarelo, diferenciando-se das demais palavras em branco. É o poder já representado.
Tudo foi pensado para gerar um clima urbano.
A equação final não tem uma única resposta. Cada um tem a sua, pois cada ser humano é uma cidade em pleno processo de re(in)volução e tudo passa por um sentido de poder.
Quem tem poder não quer largar e quem não tem quer ter. Eis o grande perigo que rodeia a Urbe!


Um comentário:

  1. Ainda bem que é irremediável o dia em que a pedra soterra o homem, que vai com seu ilusório poder junto.

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