Uma letra falou para outra letra: chegue mais perto.
As letras então foram se abraçando.
Era inverno.
O frio doía tudo: serifas e não serifas; pele, osso e carne.
A depois d’um quentinho juntinho, letras viraram palavras.
E uma palavra falou para outra palavra: chegue mais perto.
E as palavras foram se abraçando.
Era inverno do inverno.
O frio doía o frio.
A depois d’um quentinho, as palavras viraram frases e as frases viraram
texto.
Depois chegou o verão.
E tudo que estava juntinho, juntinho permaneceu, dando calor à vida.
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