Certa ocasião, em Lisboa, vi um trilho de bonde findando no meio da rua
e perto de um passeio.
As pedras de paralelepípedos bem organizadas deram um efeito especial ao
fim inesperado do trilho.
Essa imagem ficou guardada nos recônditos da minha memória e de vez em
quando eu revisito as minhas memórias para não deixar algo que fora vivido ou
imaginado morrer nas zonas abissais do cérebro.
Hoje, o trilho do bonde não é trilho.
Aqui na concrecoisa, o trilho do bonde é labirinto.
Sim, um labirinto que começa e finda dentro de duas possibilidades.
Uma porta que é para entrar é também uma porta para sair.
O fim é começo e o começo é o fim.
Sempre foi assim.
Findo...
Na próxima sexta-feira, começo tudo outra vez.
E assim as minhas memórias vivem em mim.
Parabéns, poeta! Concretamente sábio e belo.
ResponderExcluirRefiro-me ao blog, certamente.
ResponderExcluirValeu Nelson. Tu és poeta também!
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