sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Concrecoisa Carinho do Amanhã


O voo solitário da gaivota é pulsão de liberdade entre passado, presente e futuro.

Sendo o homem desejo de liberdade, a gaivota seria uma possibilidade de tradução dessa pulsão, uma pulsão que une pretérito, presente e porvir num único momento.

A gaivota tem o céu como “estrada” do porvir, uma “estrada” onde o porvir é o horizonte infinito.

O homem, por sua vez, tem como “estrada” do porvir a ação na linha de tempo.

Nessa “estrada”, o porvir é o rito de passagem do inalcançável, medida incerta da medida tempo, que está logo ali chamando o presente.

No agora, o ontem dorme nos braços de Morfeu e o porvir desperta a embriaguez de Dionísio.

A gaivota, aqui na concrecoisa, afaga o vento do planar e o homem afaga o futuro que chega em forma de imprevisibilidade.

E assim o tempo gira em si e sem mostrar a face do mistério da vida no porvir.   

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