A traquinagem de Lostim ganhou o mundo.
Tudo aquilo que ele fazia, rapidamente, ia parar nas redes sociais.
De postagem em postagem, Lostim ganhou milhares de seguidores e de inimigos.
Na sua página no ciberespaço, por minuto, choviam afagos e iras.
Ele aproveitava tudo que acontecia e que não acontecia para gerar
factoides.
E esses factoides viralizavam rapidamente.
Com o passar do tempo, a tempestade do seu viver acabou se transformando
em chuva de palavras que caem em sonhos.
Essa chuva, completava Lostim, “era como o rio da vida que corre para o
mar, que corre para o mar, que corre para amar”.
Quando viu que o mundo já não era mais o mesmo, pois um outro Lostim
havia ocupado o seu lugar, ele chorou por dentro.
E essa tempestade interior foi mais terrível do que o dilúvio bíblico.
Pois a força divina acabou inundando a bandeira da esperança da
eternidade que ele pensava que era intocável.
Quando o sol voltou a brilhar, Lostim já era página virada de um mundo que,
a cada dia, tem sido mais que demais impiedoso com o ser bestial que é o ser
humano.
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