Eu era criança e ficava impressionado com a habilidade do
amolador de objetos cortantes.
Ele soprava um apito que parecia uma pequena gaita.
Aquele som era um chamamento para as donas de casa.
A sonoridade era inconfundível.
E a máquina de amolar era feita com uma roda de bicicleta.
O esmeril desgastado queria abraçar a eternidade.
Em funcionamento, as faíscas liberadas durante a afiação dos objetos cortantes pareciam diminutas
estrelas cadentes.
Era encantador!
Hoje, o amolador de rua é lembrança.
E novos amoladores surgem deixando
egos e verbos afiados para enfrentar a imprecisão da vida.
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