sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Concrecoisa Flecha do amanhã


Tibikarin vivia feliz naquele mundão cheio de rios, vales, montanhas, árvores, plantas e bichos.

Ele acordava com uma sinfônica ancestral cantada pelos passarinhos celebrando o nascer do sol.

E dormia assistindo o ziguezaguear dos vaga-lumes na escuridão sem fim.

Quando faltava víveres, caminhava pela floresta colhendo frutos caídos e também caçava o que era necessário.

Sua flecha era decorada com penas multicoloridas.

E quando não usava o arco e flecha para caçar, fazia-o de brinquedo.

E a sua maior diversão era lançar uma flecha incolor em direção ao céu.

Pois sabia que "a flecha do tempo mira sempre o porvir".

Como a flecha nunca retornava, tinha a certeza que o alvo fora atingido.

Muitos séculos passaram...

E Tibikarin continuava feliz lançando as suas flechas do amanhã.

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