O vento que vem, a nuvem que acena e o tempo que assiste formam uma tríade de movimento, despedida e contemplação.
Cada verso sugere a impermanência da vida e a delicadeza dos instantes que passam sem alarde.
O vento não fica, a nuvem não permanece, mas o tempo – silencioso – tudo observa.
É uma metáfora da existência: somos como nuvens que acenam ao mundo enquanto o tempo nos contempla, impassível.
A concrecoisa convida à pausa, ao olhar sensível sobre o agora.
Tudo passa, mas algo em nós também assiste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário